12-02
Marcas lideradas por latinos reafirmam a identidade visual na passarela
2025-12-02
HaiPress

Look da coleção de verão 2026 da PatBo — Foto: GettyImages
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 26/11/2025 - 20:55
Marcas Latinas na Moda: Resistência Cultural e Identidade Visual
Marcas lideradas por latinos reafirmam identidade visual na moda como resistência cultural. Patricia Bonaldi,da PatBo,destaca a força da mulher latina na NY Fashion Week,enquanto Carolina Herrera e Gabriela Hearst trazem suas raízes em Madri e Paris. Willy Chavarria,em sua coleção masculina,denuncia políticas de imigração de Trump. A moda,assim,se torna um agente de transformação social,promovendo debates sobre autenticidade e apropriação cultural.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
Além das inúmeras estreias — Matthieu Blazy na Chanel,Dario Vitale na Versace,Louise Trotter na Bottega Veneta e Pierpaolo Piccioli na Balenciaga,só para citar as mais comentadas —,a temporada internacional de verão 2026 também foi marcada pela forte resposta à caça aos imigrantes promovida pelo governo de Donald Trump. Em Nova York,a estilista mineira Patricia Bonaldi usou a passarela para mostrar a força da mulher latina. Foi a forma que encontrou de afirmar sua identidade. “Em tempos desafiadores,a moda se torna um espaço de resistência”,diz a diretora criativa e proprietária da PatBo. “Quando trazemos nossas referências,cores e histórias,estamos dizendo: ‘Nós pertencemos’. É sobre ocupar espaços com a nossa cultura e mostrar a profundidade,a técnica e a alma da nossa região.”

Desfile da coleção de verão 2026 da PatBo — Foto: GettyImages
A ausência no calendário nova-iorquino,a grife Carolina Herrera,fundada pela designer venezuelana de mesmo nome,em 1980,levou sua apresentação repleta de flores e babados para Madri. Em Paris,a uruguaia Gabriela Hearst,da marca homônima,exaltou sua origem com silhuetas festivas e cores vibrantes. “Mais do que uma tendência estética,o movimento reafirma a força da América Latina e provoca debates sobre autenticidade,descolonização estética e riscos de apropriação cultural no cenário global”,diz Paula Acioli,pesquisadora e analista de moda.

Coleção de verão 2026 de Carolina Herrera — Foto: GettyImages
Nos lançamentos masculinos para o verão 2026,em junho,o estilista americano com ascendência mexicana Willy Chavarria fez uma espécie de manifesto: colocou modelos de camisetas brancas (feitas em parceria com a Aclu,União Americana Pelas Liberdades Civis),sentados na passarela com as mãos para trás e a cabeça voltada para o chão,evocando a submissão forçada de imigrantes no Governo Trump — já foram mais de 400 mil deportações neste ano. A coleção,por sua vez,injetou brocados e evocou o maximalismo.

Coleção de verão 2026 de Willy Chavarria — Foto: GettyImages
“Vale notar como esses criadores ganham espaço justamente em um momento tão delicado para imigrantes ao redor do mundo. É uma resposta simbólica da moda às políticas de exclusão”,aponta o consultor de imagem Arlindo Grund. “Com seu poder de diálogo e visibilidade,a indústria pode,sim,ser um agente de transformação social,dando voz a quem muitas vezes é silenciado.”
Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.



