Artigo: Adeus, Papa Francisco

2025-04-23     IDOPRESS

Sombra do Papa Francisco em sua poltrona durante uma audiência geral na Praça de São Pedro — Foto: Filippo Monteforte / AFP

Comovidos e agradecidos,nós católicos e pessoas de boa vontade,nos despedimos do Santo Padre Papa Francisco. Como sabemos,Francisco favoreceu o diálogo da Igreja com o mundo,fiel ao Concílio Vaticano II e ao Documento de Aparecida. Incentivou o cuidado pela Casa Comum,promoveu a fraternidade,dizendo: “Somos todos irmãos”. Foi o Papa da paz. Consagrou especial atenção aos pobres,aos migrantes,às vítimas das guerras. Visitou países não católicos nas periferias do mundo,promovendo o ecumenismo e o diálogo interreligioso.

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O legado de Francisco para a Igreja Católica é fruto de sua mística e profecia,do seu humanismo e de sua fidelidade à fé. Indicou diversos caminhos para a Igreja. Queria uma Igreja missionária,mãe dos excluídos,forte na fraternidade,Igreja do diálogo,da misericórdia e da justiça social. A Igreja,dizia ele,tem dois pulmões: a mística e a missão,a oração e evangelização. Queria uma Igreja sensível e caridosa,sinodal,misericordiosa com os sem-teto,sem trabalho,sem-terra.

Papa Francisco expressou grande afeição pela América Latina e pelo Brasil,por serem o maior continente e país católico do mundo. Era apaixonado por Nossa Senhora Aparecida,Nossa Senhora de Guadalupe,Nossa Senhora de Lujan. Antes e depois de suas viagens apostólicas rezava aos pés de Nossa Senhora,na Basílica de Santa Maria Maggiore,em Roma. Promoveu a dignidade da mulher,dos idosos,dos jovens e dos doentes.

O Sucessor de Pedro nos estimulou a respeitar os cinco pilares da dignidade humana e da sociedade:

Primeiro: nenhuma família sem casa. Segundo: nenhum camponês sem terra. Terceiro: nenhum trabalhador sem direitos. Quarto: nenhum povo sem soberania.Quinto: nenhuma pessoa sem dignidade.

A economia,dizia o Papa,não deve ser mecanismo de acumulação sustentada pela “lógica do lucro”. Este sistema ninguém aguenta mais porque traz exclusão,insatisfação,tristeza e destruição da natureza. Economia é administração da Casa Comum. Quem crê na “globalização da solidariedade”,fará de tudo para diminuir as desigualdades sociais geradoras de violência,de alcoolismo,de drogas,de desestruturação da família.

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Precisamos de mudança,nos bairros,nas periferias,no campo,na cidade. Precisamos de mudança na ecologia. Sejamos,pois,semeadores de esperança com olhos fixos no Evangelho do Reino que nos proporciona a coragem das mudanças das estruturas. Ninguém aguenta ver o trabalhador sem emprego,o camponês ameaçado,o indígena oprimido,a família sem teto e sem pão,o migrante perseguido,o jovem sem ideais,a criança explorada,a mãe que perdeu o filho num tiroteio ou bala perdida,a adolescente que se prostitui para sustentar a casa.

Não bastam as teorias abstratas nem a indignação elegante. A realidade do povo nos comove e faz chorar. Digamos “não” às novas formas do colonialismo. O Continente latinoamericano tem obrigação de ser o continente do amor e da esperança,porque é o continente mais cristão da atualidade.

A mensagem social do Papa Francisco fala por si só: um reavivamento da Doutrina Social da Igreja,um eco do profetismo,uma confirmação da opção pelos pobres,um apelo à esperança e um recado missionário: “A fé que não solidária é mentirosa. Ir à missa sem se preocupar com a periferia,sem ter coração solidário,é uma fé doente ou morta”,ensina o Papa.

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Dirigindo-se aos jovens o Santo Padre disse que a amizade é um dos maiores presentes que uma pessoa pode receber e oferecer. É difícil viver sem amigos,porque o amigo marca presença,permanece ao lado nas horas difíceis,diz o que pensa,não deixa o outro caído por terra. É assim que Jesus faz conosco.

Estreitemos nossa amizade com Jesus. Ele é o tesouro,a felicidade,a prioridade da vida. Que honra a gente ter Jesus como amigo. Se estás ferido,Jesus é o remédio; se estás perdido,Ele é o caminho; se estás fraco,Ele é a força; se estás nas trevas,Ele é a luz. Vale a pena conhecer Jesus profundamente,amá-Lo ardentemente e segui-Lo fielmente.

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