Havan é condenada a indenizar funcionário por assédio eleitoral

2025-04-10     IDOPRESS

O empresário Luciano Hang,da Havan — Foto: O Globo

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GERADO EM: 09/04/2025 - 21:26

Havan condenada a indenizar funcionária por assédio eleitoral em Jacareí

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região condenou a Havan a indenizar uma funcionária em R$5960 por assédio eleitoral ocorrido em uma loja de Jacareí durante as eleições de 2022. A funcionária relatou pressão para apoiar o então presidente Jair Bolsonaro,com ameaças de fechamento da loja caso o PT vencesse. A empresa recorreu da decisão,alegando proibição de discussões políticas.

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O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região condenou a Havan a pagar uma indenização de R$5960 a uma funcionária pela prática de assédio eleitoral. Ela trabalhava em uma unidade da rede do empresário Luciano Hang em Jacareí,no interior de São Paulo,e denunciou assédio eleitoral da gerente do estabelecimento. A empresa recorreu da decisão.

A decisão é de fevereiro deste ano. A mulher trabalhou na loja entre outubro de 2019 e abril de 2022 e afirmou que a gerência dizia abertamente que não aceitava comentários que fossem "contrários ao então presidente (na época,Jair Bolsonaro)". Uma pessoa teria sido despedida por fazer críticas ao ex-presidente.

A loja não teria ainda armários ou caixas registradoras com o número 13,o do Partido dos Trabalhadores. Segundo a funcionária,a gerente dizia a todos que a unidade fecharia "se o PT ganhasse" as eleições presidenciais de 2022. No processo,os representantes da Havan alegaram que normas da empresa proíbem discussões políticas e que a inexistência de um caixa de número 13 se dava por razões particulares do proprietário,Luciano Hang.

Em sua decisão,o juiz Fabricio Martins Veloso considerou que a funcionária comprovou a pressão política no ambiente de trabalho para que os funcionários não votassem no partido "contrário ao adotado pelo dono do empreendimento". Luciano Hang era conhecido na época por ser um apoiador ferrenho de Bolsonaro,apelidado de "Velho da Havan".

"O constrangimento abusivo fica evidente,ainda,com a menção ao risco de encerramento do empreendimento com determinada vitória nas eleições",escreveu o magistrado,citando a prática de assédio eleitoral na decisão.

O GLOBO procurou o advogado Marco Malhadas Junior,um dos responsáveis pela defesa da empresa no processo,mas ele afirmou que não comentaria o caso.

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