Sem Pacheco, petistas avaliam plano B em Minas em meio a dificuldade de encontrar palanque forte para Lula em 2026

2025-03-19     HaiPress

Lula com Rodrigo Pacheco — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 18/03/2025 - 22:16

Lula busca candidato forte para Governo de Minas em 2026 com Pacheco indeciso

Diante da indefinição de Rodrigo Pacheco sobre concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026,o grupo de Lula busca um nome forte para palanque no estado. Pacheco,sem entusiasmo,pediu 30 dias para decidir. Alexandre Silveira é cogitado,mas prefere manter-se como ministro. Petistas avaliam Marília Campos,mas a prefeita resiste. O estado,crucial em eleições,é prioridade para Lula,que tenta reverter derrotas locais recentes.

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O grupo político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta dificuldade para encontrar um nome competitivo para concorrer ao governo de Minas Gerais e servir de palanque no estado em 2026,caso o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) decida não entrar na corrida. Pacheco ainda não tomou uma decisão sobre uma eventual candidatura,mas não demonstra entusiasmo,segundo aliados.

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No PSD,o senador mineiro sinaliza que não pretende concorrer,apesar de não ter descartado totalmente a possibilidade em conversa com Lula esta semana. Ele pediu um prazo de 30 dias para decidir seu futuro político.

Publicamente,Pacheco já aventou a hipótese de se afastar da política a partir do próximo ano. Caso decida concorrer,aliados avaliam se a presença de Lula em seu palanque traria mais ganhos ou perdas,uma vez que o estado é comandado por Romeu Zema (Novo),próximo ao bolsonarismo. O governador trabalha para viabilizar seu vice,Mateus Simões (Novo),como sucessor.

Diante da indefinição de Pacheco,o presidente e as lideranças do estado buscam outro nome para encabeçar a chapa. Dentro do PSD,o ministro de Minas e Energia,Alexandre Silveira,é um dos nomes cogitados.

Apesar de sua influência dentro do governo federal,Silveira tem demonstrado preferência por permanecer no ministério,se Lula for reeleito. Próximo ao Palácio do Planalto e à primeira-dama Janja,o ministro nega interesse na disputa e tem reforçado apoio a Pacheco.

— Como diz o Hino Nacional,“bom filho não foge à luta”. Pacheco será governador de Minas para que o estado possa se reestabelecer. Eu ajudarei a coordenar a campanha dele e do presidente Lula — afirmou ao GLOBO.

Em um cenário sem Pacheco,lideranças petistas também avaliam lançar o nome da prefeita de Contagem,Marília Campos (PT),reeleita em primeiro turno no ano passado. O argumento é que Lula precisa de um palanque forte em Minas,já que o estado é historicamente decisivo em eleições presidenciais. Como gestora da maior cidade governada pelo PT em Minas,Marília teria fôlego político para encabeçar uma chapa,mas a petista resiste à ideia.

— O fato de eu ser do PT,na minha opinião,dificulta a disputa. Vou perder um tempo enorme falando de PT e isso não me entusiasma. Sou do PT há 40 anos,vou continuar no partido,mas sei dos meus limites — avalia a prefeita.

Questionada sobre quem poderia disputar,caso Pacheco decline,Marília diz que pretende conversar com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil. Longe da política desde as eleições de 2024,quando seu candidato,Mauro Tramonte,foi derrotado na capital mineira,Kalil tem dito que quer ser candidato e apareceu em segundo lugar em intenções de voto em uma pesquisa Genial/Quaest sobre a disputa feita em fevereiro. O ex-prefeito marcou 16% e ficou atrás apenas do senador Cleitinho (Republicanos),que somou 33%. Pacheco apareceu,em seguida,com 8%.

Apesar do aceno a Alexandre Kalil,que foi derrotado em 2022 por Zema,aliados de Marília acreditam que um pedido direto de Lula pode convencê-la a reconsiderar a decisão. A definição de uma candidatura forte ao governo mineiro é prioridade para Lula,que já visitou nove cidades do estado desde o início de 2024 e planeja mais viagens nos próximos meses.

Derrotas recentes

A dificuldade de organização da esquerda reflete as derrotas do PT e aliados nas últimas disputas locais. Desde a reeleição de Fernando Pimentel,ainda em 2014,o partido não consegue vitórias expressivas em Minas. Na mais recente eleição municipal de Belo Horizonte,o deputado Rogério Correia (PT) terminou em sexto lugar. Em 2022,a sigla apoiou Kalil,à época no PSD,na disputa para o governo estadual,mas ele acabou derrotado por Zema ainda no primeiro turno.

Enquanto a esquerda enfrenta dificuldades,o campo da direita é palco de disputa. Enquanto Zema tenta emplacar o vice,Cleitinho se coloca como representante do bolsonarismo. Nos bastidores,há tentativas de unificação das candidaturas à direita para evitar divisão de votos,mas até o momento não há consenso.

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