Felicidade não é apenas uma dádiva,precisa ser cultivada — Foto: Freepik

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 17/03/2025 - 21:28

ONU destaca "cuidar e compartilhar" em Relatório da Felicidade 2025

No Dia Mundial da Felicidade,a ONU lança o Relatório Mundial da Felicidade 2025,destacando "cuidar e compartilhar" como temas centrais para o bem-estar global. O relatório,produzido por pesquisadores internacionais,explora a relação entre generosidade,conexões sociais e felicidade,com ênfase nos jovens. Ele também aborda diferenças culturais na percepção da felicidade entre o Ocidente e o Oriente e enfatiza a importância de criar espaços públicos que promovam a arte e a cultura. Rodrigo de Aquino destaca que a felicidade é uma construção social e não um estado divino,sendo resultado de intenções e práticas diárias.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

Quinta-feira,20 de março,é o Dia Mundial da Felicidade. Nessa data será divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o Relatório Mundial da Felicidade 2025,produzido por uma equipe internacional de pesquisadores de instituições renomadas,incluindo universidades inglesas,canadenses,americanas,chinesas e francesas. Essa colaboração destaca de que modo áreas como psicologia,economia e filantropia estão engajadas em compreender como o ser humano pode alcançar maior bem-estar.

— O Relatório Mundial da Felicidade 2025 terá como tema central “cuidar e compartilhar”,explorando como esses valores impactam a felicidade global. Entre os capítulos,destacam-se aqueles que abordam a relação entre generosidade e felicidade,as conexões sociais fortalecidas pela alimentação e a importância de cuidar de indivíduos em situações de desespero,com especial atenção aos jovens adultos — conta Rodrigo de Aquino,especialista em felicidade,bem-estar e desenvolvimento humano.

O ser humano persegue a felicidade há séculos. Em tempos de tantas expectativas,ansiedade e exigências pessoais,Aquino considera importante falar sobre o que não é felicidade.

— Felicidade não é perfeição,não é ausência de problemas ou de desafios na vida. Felicidade não é um critério divino a que poucas pessoas podem ter acesso. A felicidade é,antes de mais nada,uma uma construção social: cada grupo tem um jeito de interpretar o que é felicidade — afirma.

Segundo o especialista,os relatórios da ONU falam sobre as diferentes percepções de felicidade no Ocidente e do Oriente.

— No Oriente ela é interpretada com sentimentos como serenidade e equilíbrio e nós,do Ocidente,entendemos felicidade como diversão,alegria. Na língua portuguesa,a palavra felicidade vem do latim felicitas,que também pode significar fértil. No inglês,a palavra happy,de origem anglosaxônica,tem a mesma raiz da palavra sorte.

Daí o fato de alguns grupos sociais terem essa leitura de que felicidade é essa sorte,uma vida repleta de benesses,e outros grupos entenderem felicidade como uma valorização do cuidar,do proteger,do semear,do florescer,do nutrir diariamente.

— A felicidade não acontece para poucos,mas resulta da intencionalidade,de a gente buscar praticar a felicidade ao construir uma vida com mais sentimentos positivos do que negativos,uma vida baseada em critérios mais virtuosos —,diz.

Além do ranking dos países mais felizes do mundo,o relatório inclui capítulos selecionados de especialistas internacionais na vanguarda da ciência do bem-estar. A juventude,mais uma vez,ocupa lugar de destaque,reforçando a necessidade de olhar com cuidado para crianças e adolescentes em todo o mundo. Além disso,o relatório trará um capítulo especial dedicado à América Latina,explorando como os valores de cuidado e compartilhamento se manifestam na região,com destaque para o papel central da família.

— Será interessante observar como o relatório complementará estudos existentes,evidenciando que relacionamentos nutritivos e significativos são fontes essenciais de saúde mental,bem-estar e longevidade — diz Aquino.

O Relatório 2025 destaca a necessidade de criar polos de felicidade e bem-estar na sociedade,com investimento dos setores público e privado em espaços de convivência urbana que integrem arte,educação e cultura na vida das crianças.

— É crucial promover a democratização do bem-estar e da felicidade e isso demanda um esforço coletivo para fomentar a generosidade,a gentileza e as conexões emocionais,sociais e humanas,que tornam a bondade parte do cotidiano. Vale lembrar que a bondade vai além da caridade ou de dizer “sim” a tudo. Ela envolve a prática da escuta,do respeito e da amorosidade,especialmente em relação ao diferente — conclui.