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Mulher é presa por esquema de falsificação de laudos usados em ações de indenização de vítimas de Brumadinho
2025-03-15
HaiPress
Rompimento de barragem em Brumadinho,em 25 de janeiro de 2019,é considerado um dos maiores desastres ambientais do paísAgência O Globo — Foto: Agência O Globo
RESUMO
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Mulher é presa por falsificar laudos médicos em fraudes de Brumadinho
Uma mulher de 28 anos foi detida por falsificar laudos médicos para ações de indenização relacionadas ao desastre de Brumadinho. Trabalhando em clínicas,ela colaborava com advogados para criar laudos falsos,inclusive diagnósticos de estresse pós-traumático,mesmo sem consultas presenciais. Os beneficiados não residiam na área afetada. A fraude foi descoberta quando a polícia notou pedidos de indenização idênticos.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Uma mulher de 28 anos foi presa,nesta quarta-feira (12),por suspeita de envolvimento em um esquema de falsificação de documentos médicos utilizados em ações judiciais de indenização relacionadas ao rompimento da barragem em Brumadinho,Minas Gerais. De acordo com as investigações,ela atuava como secretária e administradora de clínicas médicas da região.
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Em nota,a Polícia Civil de Minas Gerais informou que a mulher é apontada como "responsável pela falsificação de laudos e receitas médicas,utilizando assinaturas de profissionais de saúde sem o consentimento deles."
Segundo o delegado Magno Nogueira,chefe da Divisão de Fraudes da PC,advogados procuravam a suspeita e encaminhavam seus clientes para a clínica. As consultas com médicos e psicólogos eram feitas por telefone. Em alguns casos um laudo identificando o quadro de estresse pós-traumático era emitido após uma única consulta:
— É um caso emblemático,envolve uma fraude muito grande — disse o delegado Magno Nogueira,em coletiva de imprensa nesta sexta-feira — Psicólogos confessaram que recebiam formulários,sem contato com o paciente,e mandavam o laudo para a clínica.
Com os documentos em mãos,os advogados davam início ao procedimento para obter indenizações por dano moral em nome dos clientes. Os moradores beneficiados pelos laudos falsos não residiam na área afetada pelo rompimento da barragem.
— Essas pessoas não conheciam ninguém que faleceu ou perdeu algo durante a tragédia — acrescentou o delegado.
As autoridades começaram a suspeitar de um esquema de fraude ao identificarem que uma grande quantidade de pedidos de indenização eram idênticos.
O rompimento da barragem em Brumadinho foi um dos maiores desastres ambientais e humanos do Brasil. A tragédia aconteceu em 25 de janeiro de 2019,quando a barragem de rejeitos da Mina do Córrego do Feijão,pertencente à Vale S.A.,se rompeu na cidade.
O desastre deixou 272 mortos,incluindo funcionários da mineradora e moradores da região. Até hoje,algumas vítimas ainda não foram encontradas.
Um estudo feito pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) com a população de Brumadinho destaca alguns dos problemas pós-desastres na cidade. Além dos dados sobre a saúde física e mental dos moradores,a publicação também aborda o acesso e qualidade dos serviços de saúde após a tragédia,insegurança alimentar e fatores associados ao trabalho remunerado.
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