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Ozempic, Wegovy, Mounjaro: mais da metade dos adultos dos EUA poderia se beneficiar dos medicamentos GLP-1, diz pesquisa
2024-11-25 HaiPress
Wegovy e ozempic — Foto: Cydni Elledge/The New York Times e Ryan David Brown/The New York Times
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 24/11/2024 - 17:34
Medicamentos GLP-1: Potencial e Desafios no Brasil
Mais da metade dos adultos dos EUA poderia se beneficiar dos medicamentos GLP-1 para perda de peso,diabetes e prevenção cardiovascular,aumentando gastos futuros. No Brasil,Ozempic e Wegovy são aprovados,enquanto Mounjaro aguarda aval para obesidade. Estudos destacam potencial transformador na saúde da população,mas apontam desafios de acessibilidade devido aos altos custos. Novas indicações para esses medicamentos estão sendo exploradas,prevendo um aumento no uso.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Uma nova análise de dados populacionais dos Estados Unidos,conduzida por pesquisadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess (BIDMC,da sigla em inglês),concluiu que 137 milhões de adultos do país norte-americano,ou seja,mais da metade,têm características que os enquadram numa das indicações da nova classe de medicamentos análogos de GLP-1 – da qual fazem parte os remédios Ozempic,Wegovy e Mounjaro.
Isso porque todos esses adultos teriam uma indicação de uso para perda de peso,controle da diabetes ou prevenção de eventos cardiovasculares recorrentes. Os resultados da análise foram apresentados nas Sessões Científicas da Associação Americana do Coração e publicados simultaneamente na revista científica JAMA Cardiology.
“Esses números surpreendentes significam que provavelmente veremos grandes aumentos nos gastos com semaglutida (princípio ativo do Ozempic e do Wegovy) e medicamentos relacionados nos próximos anos”,diz o autor do estudo Dhruv S. Kazi,diretor da unidade de cuidados críticos cardíacos do BIDMC.
“Garantir o acesso equitativo a esses medicamentos eficazes,mas de alto custo,bem como apoiar os indivíduos para que eles possam permanecer na terapia a longo prazo,deve ser uma prioridade para nossos médicos e formuladores de políticas”,continua,em comunicado.
No Brasil,por exemplo,o Ozempic tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para diabetes tipo 2. Já o Wegovy,que tem o mesmo princípio ativo,a semaglutida,e é vendido pela mesma farmacêutica,a Novo Nordisk,é aprovado para obesidade ou pacientes com sobrepeso e ao menos uma comorbidade associada ao peso – como hipertensão arterial,por exemplo.
Já o Mounjaro,da Eli Lilly,tem como princípio ativo a tirzepatida,uma espécie de evolução da semaglutida,e é aprovado no país para diabetes. Seu uso para obesidade está em análise na Anvisa. Nos EUA,a FDA,agência equivalente,já concedeu o sinal verde da tirzepatida para perda de peso – a versão com essa finalidade,embora igual ao Mounjaro,é vendida com o nome de Zepbound no país.
De acordo com os pesquisadores que publicaram o novo estudo na JAMA,cerca de 15 milhões de adultos americanos fazem uso da semaglutida hoje,e o remédio foi mais vendido nos EUA em 2023 em termos de gastos farmacêuticos. O número,porém,responde por pouco mais de 10% dos que seriam elegíveis.
Em relação à estimativa que apontou para o número de 137 milhões de adultos nos EUA elegíveis aos remédios,35 milhões seriam por causa da diabetes; 129,2 milhões para perda de peso e 8,9 milhões para prevenção secundária de doenças cardiovasculares.
“O grande número de adultos dos EUA elegíveis para a semaglutida destaca seu potencial impacto transformador na saúde da população”,diz Ivy Shi,também pesquisadora do BIDMC e autora do estudo. Porém,ela lembra que “estudos anteriores mostraram que mais da metade dos indivíduos que tomam esses medicamentos afirmam que a terapia era difícil de pagar”.
Além de destacar o amplo número de pessoas que se enquadram nas indicações dos remédios,os responsáveis pelo trabalho citaram que a tendência é que ele aumente. Isso porque novos estudos têm apontado que os medicamentos também podem ser alternativas eficazes para novos problemas de saúde,como doença renal crônica,insuficiência cardíaca,tratamento de doenças hepáticas e renais,transtornos por uso de substâncias e até mesmo demência.
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