Universidade de Columbia e prefeitura do Rio estudam adoção de ferramenta inovadora de previsão climática de alta precisão

2024-08-06     HaiPress

Pesquisadoras da universidade de Columbia visitam Centro de Operações Rio (COR) — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

RESUMO

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GERADO EM: 06/08/2024 - 04:30

Estudantes brasileiros e Columbia colaboram em previsão climática no Rio

Estudantes brasileiros de universidades renomadas colaboram com a Universidade de Columbia e a prefeitura do Rio para implementar uma ferramenta inovadora de previsão climática. A iniciativa visa antecipar chuvas extremas e reduzir impactos,com foco na segurança da população e no desenvolvimento sustentável da região. A parceria reforça a importância do Rio como centro de estudos climáticos e promove intercâmbio de conhecimento para soluções locais.

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Pesquisadoras da Universidade de Columbia,sediada em Nova York,visitaram o Centro de Operações Rio (COR),na tarde desta segunda-feira,para uma reunião com técnicos de resiliência climática da prefeitura do Rio. No encontro,foi discutida a possibilidade de implementar uma ferramenta de análise de dados,atualmente em fase de desenvolvimento,que permitirá aos técnicos prever com antecedência os locais e momentos exatos de maior concentração de chuva,especificamente em cada bairro.

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Parceria entre Columbia e cidade do Rio. Reunião aconteceu no Centro de Operações Rio (COR) — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

A ferramenta pode equipar a cidade com um novo modelo matemático de previsão do tempo capaz de possibilitar a antecipação de ações necessárias para reduzir os impactos das chuvas com mais precisão. Uma das maiores autoridades mundiais no estudo de mudanças climáticas,a pesquisadora e doutora da Universidade de Columbia Suzana J. Camargo esteve no encontro.

— Fazer a previsão correta,as medições,simulações de como o evento climático pode acontecer é um problema científico complicado. É isso que a gente está tentando melhorar com esse projeto,feito com o apoio do Climate Hub,em colaboração entre a Columbia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os alunos estão fazendo pesquisas focadas nos problemas aqui na cidade brasileira,com a simulação de chuvas extremas no Rio,por exemplo — afirma a cientista,que é especialista em ciclones tropicais (furacões e tufões) e na relação entre ciclones tropicais e clima em várias escalas de tempo.

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A vinda da pesquisadora e o intercâmbio de conhecimento são frutos da parceria entre a cidade do Rio e a Universidade de Columbia,por meio do Columbia Global Center Rio e do Climate Hub Rio. A cidade carioca foi a primeira do mundo escolhida para ter um centro de estudos de Columbia dedicado ao clima,fora dos Estados Unidos.

— O Rio de Janeiro tem um histórico importante em termos de política climática global. Grandes eventos nasceram aqui: a COP,a Eco 92,Rio+20. Todo o arcabouço de conferências climáticas mundiais nasceu no Rio de Janeiro. Somos um grande laboratório,tanto inovação,quanto problemas. Temos uma série de questões climáticas na cidade,mas,ao mesmo tempo,sempre buscamos transformar em soluções — afirma Camila Pontual,gerente de projetos do Climate Hub,programa de clima do Columbia Global Center Rio.

O projeto conta com estudantes brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de São Paulo (USP),em uma colaboração internacional para desenvolver soluções personalizadas,que atendam aos problemas locais. A ideia,segundo professora do departamento de Meteorologia da UFRJ Ana Nunes é criar um sistema de previsão e o abastecer com informações sobre as características geográficas do Rio,garantindo uma previsão mais detalhada.

— Isso é importante para um município como o Rio de Janeiro que tem litoral,região montanhosa e de baixada. É um primeiro passo. Estamos juntando o conhecimento acadêmico com as necessidades de operação para proporcionar segurança e conforto para a população do Rio. Foi um encontro para a gente começar a pensar projetos de colaboração voltados à melhor eficiência,segurança e para evitar as fatalidades que acontecem em decorrência de eventos extremos de natureza meteorológica — pontua a professora da UFRJ.

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